Publicado em 18/06/2024 12:33
O Sindicato dos Bancários de Campos dos Goytacazes e Região, realizou, na manhã desta terça (18), um ato pelas ruas centrais da cidade de Campos dando o pontapé inicial na Campanha Nacional dos Bancários 2024, que dá início às negociações do Comando Nacional dos Bancários, grupo que representa bancárias e bancários de todo o Brasil com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban).
Nesta terça (18), está marcada a entrega da minuta de reivindicações que servirá de base à Campanha Nacional 2024 para a renovação da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT). O documento foi construído a partir de diversas conferências estaduais e regionais em todo o país. Também foram consideradas informações coletadas na Consulta Nacional dos Bancários, realizada com mais de 46 mil bancárias e bancários dos bancos públicos e privados de todo o Brasil. A minuta foi aprovada por 95% da categoria, em assembleias feitas nas bases sindicais.
Entre as prioridades, na campanha deste ano, estão o fim de cobranças excessivas para o cumprimento de metas, a defesa dos empregos diante dos avanços tecnológicos no setor financeiro e reajuste composto por inflação mais aumento real de 5% (INPC na data-base).
O ato percorreu as ruas do centro financeiro da cidade e a diretoria aproveitou para entrar nas agências bancárias e dialogar com a categoria sobre o início da campanha. O presidente do sindicato, Rafanele Alves Pereira, ressaltou que para o sucesso da campanha é necessário o empenho de toda a categoria. “Nós bancários temos que estar unidos nessa luta. Se não tiver participação da categoria, não conseguimos nada, mas se o bancário cruzar os braços, o banqueiro não vai ganhar a luta. A responsabilidade é de todos, dos trabalhadores e dos sindicatos”, disse.
O funcionário do Bradesco e diretor do sindicato, Hugo André Lopes Diniz, reforçou a alta lucratividade dos bancos e não descartou a possibilidade de greve. “Nós temos uma vantagem na nossa categoria, que é a unidade dos trabalhadores independente de serem de bancos públicos ou privados. Esse senso de unidade e de campanha unificada é muito importante para obtermos vitória na campanha salarial. Se juntarmos a lucratividade dos cinco maiores bancos, Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil, Bradesco, Santander e Itaú, esse valor se aproxima da lucratividade da atividade petrolífera no nosso país. Se após o calendário de negociações, não houver acordo, não está descartada a greve. E só consegue fazer greve categoria com senso de companheirismo e de unidade. Temos que estar juntos nesse momento”, finalizou.