A categoria bancária conquistou em 1933 a jornada de trabalho de seis horas diárias. Antes, os trabalhadores do setor trabalhavam até 12 horas diárias, incluindo os sábados. Porém, o fim do trabalho aos sábados só foi conquistado em 1962, novamente após uma greve da categoria.

Em 1962, durante o governo democrático de João Goulart, os trabalhadores do Brasil obtiveram conquistas relevantes a partir de uma greve geral naquele ano e, uma dessas conquistas foi o 13º salário, sancionado pelo presidente Jango.

Foi nesta conjuntura favorável, antes do golpe militar, que os bancários realizaram uma greve que garantiu o descanso aos sábados.

Até hoje a categoria bancária é uma das mais organizadas no país, com a realização de uma Campanha Unificada e uma Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) que garante direitos iguais para os trabalhadores de bancos de todo o país. Esta organização também foi fundamental para retirar de pauta o Projeto de Lei (PL) 1043/19, que autorizava a abertura dos bancos aos sábados, domingos e feriados.

Porém, grande parte da classe trabalhadora ainda vive uma rotina de trabalho massacrante e avançar na proposta de redução das jornadas de trabalho sem redução salarial é fundamental para reconhecer e apontar soluções para problemas históricos gerados pelo capitalismo.

Não há futuro justo sem trabalho decente e sem a participação da classe trabalhadora nos rumos da vida do país.